Thursday, March 25, 2010
Wednesday, March 10, 2010
Friday, February 19, 2010
Thursday, February 11, 2010
Saturday, January 30, 2010
Thursday, January 28, 2010
Wednesday, January 06, 2010
Monday, January 04, 2010
Saturday, December 12, 2009
Friday, December 04, 2009
Monday, November 30, 2009
Tuesday, November 24, 2009
Seis perguntas para Clício Barroso
Clício Barroso Filho, o Clício, é um dos grandes da fotografia brasileira.
Excepcional fotógrafo de moda e publicidade, Clício provavelmente é um dos que mais rapidamente se adaptaram à fotografia digital.
Aqui ele responde a algumas perguntas.
Intacta Retina: A fotografia analógica acabou?
Clício: Comercialmente, sim. Na prática, ainda não.
A tendência é se transformar em nicho de artistas experimentais, e vai acabar no rol de "processos alternativos". Não há muito sentido em se insistir com uma tecnologia ultrapassada, poluidora e que, no final, tem hoje menos qualidade que a nova tecnologia.
IR: Você ainda usa câmera não-digital em alguma situação?
Clício: Não, não uso. Vendi minha Hasselblad há pouco, e tenho uma Pentax de filme em cima da minha mesa. É útil para segurar papéis, e bonitinha de se olhar.
IR: A fotografia está definitivamente casada com a tecnologia? E a fotografia-arte, como fica nesse novo momento?
Clício: Não entendo a pergunta. Fotografia *sempre* foi tecnologia, não? Profundos laços com a química, com a física, e a necessidade dos aparelhos. Eletrônica. Microeletrônica. Infravermelho, wireless, reconhecimento de faces, de sorrisos...
Vamos falar de arte; o modo de captura independe, o que interessa é o que está na parede, o resultado final da visão/imaginação do artista. Arrisco dizer que *nunca* a fotografia foi tão valorizada no mercado de arte como agora. Talvez a tecnologia digital tenha impulsionado o surgimento de artistas que se valem do meio fotográfico para sua expressão, ou a valorização dos clássicos, que usavam filme. Talvez os dois.
IR: Hoje, que tanta gente passou a fotografar e a média de qualidade dos fotógrafos “amadores” subiu bastante, o que irá diferenciar o grande fotógrafo do bom fotógrafo?
Clício: Ora, o de sempre; qualidade, ter o que dizer, ousadia, experimento, estudo.
Mas não foi sempre assim?
IR: Há quem diga que a caça aos megapixels tirou o caráter “vivo” da fotografia, que está cada vez mais asséptica, impessoal, sem a “marca” do fotógrafo. Já há movimentos para “sujar” a fotografia, e grupos que louvam, por exemplo, a lomografia. Ainda vale mais o momento decisivo que a quantidade de megapixels, ou é um caminho sem volta a “assepsia” da fotografia profissional?
Clício: Erra quem acha que fotografia comercial é fotografia de autor.
Não é.
Por outro lado, a fotografia tem hoje uma pluralidade ímpar na história, onde todas as experimentações são permitidas e aceitas, e onde vale mais o que tem mais conteúdo. A "assepsia" dos trabalhos comerciais se deve a uma imposição do mercado publicitário, onde o criador raramente é o fotógrafo. Faz quem precisa fazer para viver, ou quem gosta. Ninguém é obrigado.
IR: Em artigo recente, você afirma: “O romantismo idealizado do fotógrafo solitário, desplugado, artista e senhor das técnicas ocultas está ultrapassado, desmoralizado e foi substituído por quem está disposto a trabalhar colaborativamente”. Isso significa que não haverá mais nenhum Cartier Bresson, nenhum Ansel Adams, nenhum Sebastião Salgado?
Clício: Claro que vai, não "matei" o artista nem o autor, longe de mim!
O que não existe mais são os mitos de que fulano faz sucesso "porque tem um laboratorista velhinho nos Bálcãs" ou que "a marca tal e tal fez uma lente especial para beltrano", na parte técnica; e acreditar na mentira de uma mídia desinformada que acha que o Salgado, por exemplo, trabalha sozinho. Não, há uma enorme equipe apoiando, pensando, arquivando, vendendo.
Foi o que falei, não adianta romanticamente idealizar algo que não existe, e entender que nunca ninguém vai ser sozinho mais do que um grupo coeso, focado, inteligente. Por isso os coletivos fotográficos, por isso os eventos, simpósios e encontros de fotógrafos, por isso o Twitter e o Facebook e as listas de discussão e os fóruns.
Mas mesmo trabalhando colaborativamente acredito que alguns sempre se destacam, quebram paradigmas e criam outros.
Algumas fotos de Clício Barroso
*Conheça mais sobre o trabalho de Clício Barroso em seu site: www.clicio.com.br
Monday, November 23, 2009
Tuesday, November 10, 2009
Thursday, February 12, 2009
Thursday, January 29, 2009
Subscribe to:
Posts (Atom)